terça-feira, 6 de outubro de 2009

Determinismo terça 13, Pena de Morte sexta 9. Logo Pena de Morte

Vou ver se passo ao tema da Pena de Morte que vamos ter de debater esta sexta e afasto esta gente do tão interessante tema do Determinismo (viste Feijó, até pus Determinismo com letra maiuscula e tudo xD)

Só para mandar uns bitaites da Pena de Morte e pra me gabar de feitos passados, mostro-vos o meu trabalho sobre a Pena de Morte do meu 10ºAno entregado à mão ao prof. Saraiva..

Qualquer coisa mal escrita, peço perdão ainda era mais puto ahaha :P Mas a minha opinião é basicamente a mesma e também a mesma do país que representamos (Portugal).

Peço desculpa pelo tamanho :P


Morte, que Pena…

Pena de Morte, é uma pena ainda existirem pessoas e consequentemente sociedades a pensar dessa forma, com essa mentalidade, a pensarem que a justiça se resolve de uma forma bárbara, executando uma pessoa, um humano.
Alguém numa sociedade tem o direito de tirar a vida a um ser semelhante, a um ser humano? Tem a sociedade direito e o dever de matar um ser humano, por pior que tenham sido os seus actos?
A Pena de Morte ao contrário de outro tipo de penas comuns não leva sequer ao arrependimento por parte do infractor, pois pelo pouco que sei de biologia um morto não costuma arrepender-se dos seus actos, para além disso, quantas vezes já foi aplicada a pena de morte a um indivíduo que depois veio a provar-se que era inocente? Na pena de morte não há volta a dar, confiamos nós a cem por cento nos tribunais para tirarem a vida a pessoas com a certeza que estas são culpadas?
No fundo a pena de morte não passa da tentativa da sociedade de se livrar daquilo que considera incorrigível, mas a sociedade tem esse direito? Um grupo de pessoas que representa a sociedade e a justiça desta tem o direito de decidir se alguém morre ou não? Mesmo numa sociedade completamente justa e um sistema imune a falhas, em que seja impossível condenar um inocente, é justo aplicar a pena de morte? Dessa forma estamos a tornar-nos tão selvagens como os condenados, seremos tão ou mais assassinos que eles.
Um argumento muito utilizado contra a pena de morte com o qual concordo, é o facto de ninguém ter o direito de condenar um ser humano á morte, ninguém tem o direito de o matar, pois a vida é algo sagrado que para os religiosos só a deus compete tirar. No entanto, tal como no meu caso, a maioria das pessoas que é contra a pena de morte é a favor do aborto, e isso de certa forma prejudica bastante o argumento. Do ponto de vista biológico, um feto de 12 semanas já é um ser vivo, tem pés, mãos, o coração bate. Mas aí já há muitas outras condicionantes e eu penso que o que acaba por fazer a diferença é a humanidade que atribuímos a ele.
Para existir Pena de Morte é necessário existirem indivíduos dispostos a matar, Homens pagos pelo estado com a função de matar outros Homens!! Não é matar como se mata numa guerra, aqui a luta é desigual, o condenado não tem qualquer hipótese de se defender, é apenas matar por matar. Como é que estes indivíduos ao de se sentir? Como vão falar aos filhos sobre isso?
“Olhem filhos, hoje o trabalho correu bem, matei três homens, um dos quais nem sei bem se era culpado, mas assim já vamos ganhar mais ao final do mês”, isto é algo desumano.
Por exemplo, alguém mata o seu pai. Acha que tem o direito de matá-lo? O Estado tem? Pensaria da mesma forma se fosse o pai de outra pessoa? Qual é o padrão? Como é que alguém pensa que matar alguém pelas próprias mãos mesmo que lhe tenha feito muito mal é moralmente justo? Sendo o Estado a fazer o mesmo é? Na minha opinião em qualquer um dos casos o acto de matar nunca pode ser moralmente justo, não é de forma alguma justiça mas sim vingança. Na vingança é que ambos os lados agem da mesma forma Agora na justiça o Estado tem que ser consciente, não pode agir revoltado e de cabeça quente para com o assassino e acabando a proceder da mesma forma que este.
Um dos argumentos utilizados pelos defensores da pena de morte é que esta permite uma maior protecção e prevenção, impedindo que este volte a cometer outro crime e serve de exemplo para futuros ascendentes a criminosos. Mas isto não é bem assim, a pena de morte pode ajudar a diminuir algum tipo de crimes, mas pode também piorar e piorar bastante outros, pois as execuções podem criar mártires, cuja memória pode fortalecer as organizações criminosas, podendo ser uma justificação para vinganças, aumentando o ciclo de violência. Como no caso do terrorismo, muitos terroristas estão preparados para dar a sua vida por aquilo que reivindicam, sendo assim, a pena de morte pode funcionar como um incentivo.
Uma questão que me intriga é o facto de que pena se coloca no lugar da pena de morte? A prisão perpétua? A meu ver a prisão perpétua é algo não tão desumano como a pena de morte, mas bastante desumano. Condenar uma pessoa a viver o resto da vida presa é quase como a pena de morte, não há volta a dar, não interessa se o bandido se arrepende dos seus actos pois já não terá qualquer hipótese de mostrar o seu arrependimento, não vai ter hipótese de vir a ser útil para a sociedade. Não vejo outra finalidade na prisão perpétua que o castigo puro e simples, é como uma condenação á morte ainda em vida. Por muito que a vida seja sagrada, passar o resto desta sem esperança nenhuma é cruel, é como um condenado à pena de morte à espera de ser executado, mas este tem que esperar uns vinte ou trinta anos para morrer de forma natural.
A meu ver nenhum estado deveria aceitar a pena de morte nem a prisão perpétua, mas no caso de aceitarem a prisão perpétua, algo que discordo mas sou capaz de compreender, nesses casos penso que se poderia aplicar a eutanásia, isto se o prisioneiro estiver com plenas capacidades mentais para tomar essa decisão. Pois no meu caso, talvez preferia a morte há prisão perpétua. Ainda por cima, tendo em conta o que muitas vezes se passa dentro das prisões.
Tenho mais perguntas a colocar que propriamente respostas, mas posso dizer que se me dessem o direito de votar sobre este tema sem dúvida alguma votaria contra a pena de morte. Não tanto pelas minhas certezas, votaria sim pelas incertezas, porque antes de permitir ao estado matar alguém, incomoda-me mais pensar em assinar uma sentença macabra dessas, estaria eu próprio a condenar á morte uma série de pessoas.

Zé, 10ºC (agora 12ºC)

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