quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Sugestão
Beijinhos e abraços
Garrett
Finalmente !
Concordo que o Homem tem sempre o poder de escolha e decisão (Livre-arbítrio) . Se estivermos diante de várias opções oferecidas por uma situação real , poderemos escolher uma racionalmente e agir livremente de acordo com a escolha feita (ou não agir). Nós normalmente "movemos-nos" por impulsos primários , conseguimos ver as coisas ou accoes em função da sua utilidade . A partir de alguma coisa temos a capacidade de encontrar variadas utilidades para ela . Nós temos sempre responsabilidade pelos nossos actos e somos sempre responsaveis pelas suas consequencias .
Não acredito que a nossa vida esteja pré-destinada , mas acredito que cada pessoa pode construir o seu destino atraves das suas decisoes , e das suas accoes ..
Carolina .
terça-feira, 29 de setembro de 2009
PRIMEIRO!
Pelo que tive a ver ainda ninguem postou nada sobre o tema debatido hoje na aula, se é tudo obra do acaso ou se somos regidos por um destino, ou seja, esta tudo premeditado e nao passamos de "marionetas".
A meu ver este é um tema que nao leva a nenhuma conclusao, podendo haver mil e um argumentos a favor e contra, mas ficaremos sempre na ignorancia.
Hoje dei um exemplo ao Zé, muito basico, mas dá para perceber o por quê da minha incapacidade de tomar qualquer posiçao sobre este assunto: "Iamos numa estrada e às tantas deparamo nos com duas opçoes, esquerda e direita, se formos pela esquerda morremos, se formos pela direita nao morremos". Pois bem, imaginemos que eu escolhia o lado esquerdo, será que o meu destino era morrer ou foi apenas a consequencia da minha escolha? Ou entao imaginemos que eu optaria pela esquerda na mesma mas a meio caminho arrependo me, volto para tras e opto entao pela direita. Ha duas interpretaçoes para tal facto, eu fui pela estrada do lado esquerdo mas a meio caminho TOMEI UMA OPÇÃO e decidi voltar para tras, evitando assim a morte, mas apenas porque tive essa escolha, ou entao, quem sabe se o meu destino nao era morrer naquela altura e entao estava premeditado que eu a meio me arrependesse e optasse pela estrada do lado direito?
Eu acho que podemos sempre argumentar a favor do determinismo ou contra, o que origina debates interessantes porque acaba por haver diversas opinioes e argumentos para justificar cada um deles, no entanto a essencia da vida é nunca saber o que o futuro nos reserva ;)
Garnett
Livre-arbítrio?
- Se tudo já está determinado então posso ficar aqui na cama sem estudar nem trabalhar, afinal não posso mudar nada no meu "destino". - enfim, é óbvio que este foi pensado há muito tempo e não merece grandes comentários xD
- Se tudo já está determinado, então não podemos atribuir nenhuma culpa a um homicida. Quererá dizer que este não deverá ter qualquer pena? - Este foi um bocadinho mais difícil de resolver, mas se está determinado que o nosso criminoso mate a sua vítima, também está determinado que ele vá passar 7 anos na Marquês de Fronteira!
- E depois, temos o que também foi dito hoje na aula: a sorte. Na minha opinião, lá por estarmos totalmente prisioneiros de uma rede de causas e efeitos, continuamos a ser alvos de sorte. Ou seja, poderá acontecer nos estarmos sob condicionantes que levem a consequências altamente positicas!
Por exemplo num lançamento de dado: pode estar determinado que vou tirar 6 e vou ganhar, se bem que as causas não sejam conhecidas! É quando as causas não são conhecidas, ou não podem ser detectadas ou percebidas que temos azar ou sorte!
No entanto, é totalmente impossível viver a pensar que acabei de escrever "No entanto", não porque prefira esta conjunção a um simples "mas", mas porque estava determinado que assim o fizesse! Devemos viver como se realmente pudessemos escolher, e já escolher procurar o ponto fraco da teoria determinista ;)
Opiniões da Maria
quero comentar algumas coisas que foram ditas...
Queirós, quando dizes que os ciganos (sim, a voltar ao assunto, nao me batam!) têm o direito, como qualquer outro cidadão, de manter porcos na casa de banho e partir portas, tens toda a razão... se a casa for deles! o problema é que não são, essa história surgiu de casas 'oferecidas' pelo estado, em bairros-sociais, para alojar quem nao pode manter uma propria, (oferecidas a nómadas!), para além de que os porcos devem ir contra alguma lei de higiene publica... mas podem estragar porque não é deles? É senso-comum, respeito mas mais do que isso, humildade. Pode ser um dos valores deles desprezar um espaço fisico, mas se nao o querem dêem a outros, nao estragem o espaço alheio! Em relação a roubos e etc, é discutivel, haverá muitos outros - não-ciganos - a fazê-lo, agora simplesmente estragar por rebeldia quem os quer ajudar? chama-se dar a mão e agarrar o braço, ser 'pobre e mal agradecido'.
Podemos discutir o modo como oferecemos a nossa ajuda, e aí devemos ser menos especificos..
No entanto já nao sei ao certo quem foram as pessoas que comentaram o assunto mas penso que nenhuma o entendeu como eu o vejo. Quando se fala nas burcas, é obvio que qualquer pessoa pode usar o que quiser, ainda mais se muito tapadinho (nus é que é um problema)! a questao relacionada com as burcas é que as mulçulmanas praticamente nao têm outra hipotese! por exemplo, existe uma jornalista que é constantemente ameaçada de morte e considerada impura e 'des-nacionalizada' por ter deixado esse vestuário, e só o conseguiu fazer porque teve muita ajuda exterior. a burca está ligada aos não-direitos femininos, à inferioridade que lhes é imposta, ao facto de serem UTILIZADAS, sim, mulheres-objecto para satisfazer os desejos e caprichos de uma sociedade dominada por um machismo extremo! é isso que é errado, e é isso que a burca para os ocidentais representa, a submissão, as mais fracas, inferiores.
É obvio que nao os/as vamos obrigar a tirar as burcas, isso tambem nao seria ser liberal, mas como devem imaginar nao é assim tao facil oferecer-lhes gabinetes de ajuda e apoio para falarem sobre o assunto! e se tentam intervir em frança, no mundo ocidental, apesar da maneira errada, é porque no Afeganistão ou Paquistão isso seria impossivel.
Por isso quando pensamos na tolerancia que devemos ter com esta situaçao não é "por amor de deus, é só roupa!" mas é muito mais do que isso, é o que essa roupa significa! significa cortarem-lhes os orgaos sexuais que dao prazer, incluindo estruturas (sem anestesia, segundo a julia), significa combinarem-lhes casamentos à nascença (obviamente que nao interessa o que elas pensam), significa viverem num mundo onde a sua opiniao nao conta, onde convem nao pensarem muito e seguirem todas as regras extremas impostas, onde se nao forem virgens até ao casamento toda a família é perseguida e mesmo morta! (onde está a tolerancia aqui?), quando são puras incubadoras... na esperança de que virá um macho. -.-
concluindo, devemos sim, nao forçar culturas excepto o que achemos desumano, ( muito polémico -somos meras opinioes individuais - daí juntarem-se os conselhos de ética com todo o tipo de representantes), devemos levar as pessoas pelo debate, pela informaçao, pelas possibilidades. Mas e quando elas nao estao ao nosso alcance? quando nao podem nem berrar por socorro quanto mais ouvir opinioes? é aí, GO AMNISTIA!
p.s.- pedia, se possível, que fizessem só post's em vez de comentários, mas eu nao percebo nada disto. é só porque acho que se torna mais fácil perder informação se esta estiver nos comentários. ignorem isto se o entenderem.
p.s.2-DESCULPEM o testamento :$
Maria
domingo, 27 de setembro de 2009
Cheguei :)
Antes de mais, peço desculpa por só escrever agora, mas mais vale tarde que nunca.
Engraçado como o único tema tabu, do racismo, surgiu logo na primeira aula. Na minha opinião, devem ser dadas as mesmas oportunidades a toda a gente, sem haver distinções de raça ou nacionalidade. No caso da integração da comunidade cigana na nossa sociedade, o problema é que há intolerância das duas partes. É fácil de entender porquê, com costumes tão diferentes.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, ainda que se possa perguntar até que ponto se pode universalizar valores quando existem culturas tão diferentes, visa os interesses de todas as pessoas pelo que, apesar das questões filosóficas, tem de existir. Caso contrário ninguém zelaria pelos interesses de ninguém (“Everybody is against everybody. Somebody has to be for them”).
Acho que só se devem pôr limites à cultura dos outros quando as suas acções violam algum direito humano ou quando prejudicam quem os rodeia, mas voltando ao exemplo anterior, não vejo motivo para a sociedade ocidental proibir o uso de lenços por raparigas muçulmanas, quando esta é uma tradição que em nada nos afecta, a não ser em níveis morais.
O debate sobre o impacto da tecnologia na identidade humana e o lugar do Homem num futuro mundo tecnológico pode ser feito através de vários filmes:
1) 2001, Odisseia no Espaço de Stanley Kubrick
2) Vanilla Sky de Cameron Crown
3) Existenz de David Cronenberg
4) Matrix
Marta
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
tolerância
Não concordei com a forma de crítica que o Feijó fez quando comparou opiniões face ao filme e face ao caso particular dos ciganos. Primeiro porque o Edward, embora inicialmente tivesse causado algum medo (nem sei se assim se pode chamar) de uma forma não-intencional, nunca ‘’atacou’’ a dignidade nem o bem-estar dos habitantes daquela cidade. Alem do mais, acho que o que se disse foi sobre a forma como os ciganos, e não só, abusam da boa vontade de muita gente, e não sobre o que são. Já o Edward, era discriminado pelo que era e não pelas suas acções.
Ok, já se percebeu que não podemos criticar atitudes só porque diferem dos nossos costumes.
É muito importante conhecer melhor outras culturas, novas ou não. Mostram-nos visões diferentes de conceitos, como sociedade ou moral, que habitualmente tomamos como já certos, mas que nem sempre são assim tão constantes. O que eu não reparei, ele reparou – talvez assim fosse mais fácil chegar a consenso em alguns problemas dos problemas actuais.
A questão é que grande parte dos ciganos não quer fazer parte / fazer uma nova parte que se junte a já existente. Exigem tratamento VIP, fazem o que querem e estão-se a… nas tintas para o que nos dizemos ou deixamos de dizer. Obviamente, que ceder não é solução, mas a indiferença também não o é. Corremos o risco de fazer generalizações abusivas e perder a razão (se é que alguma vez a tivemos). Claro: não somos os santos da história porque com todas estas confusões há sempre os espertinhos que se servem disso como motivo para apontar o dedo aos ciganos em todas as situações.
Alguém falou da questão dos árabes, dos lenços, etc. … é assim, usa quem quer: a liberdade do outro só termina quando começa a minha. Na minha opinião, não é uma questão política, é a cultura deles. Se as adolescentes concordam… muito bem, ninguém tem o direito de criticar. Quando não concordam, deviam existir gabinetes de apoio específico para resolver a situação, como o Zé disse: não fazer mas compreender e aceitar.
‘’Temos de parar de combater o que não se pode mudar’’
Se calhar falei demais, peço desculpa.
Raquel
P.S: demorei 2h para descobrir como se fazia um post nesta coisa…
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Reportagem SIC - Primeira Casa
Penso que os limites da tolerância se enquadram um pouco naquilo que consideramos violar ou não os direitos básicos inerentes ao ser humano.
Não podemos, como disse o Zé, ser tolerantes com alguém cuja cultura passa por violar constantemente os direitos das mulheres. Não podemos tolerar terrorismo com justificação religiosa ou não.
Vai então, ao encontro da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que será talvez o limite de aquilo que consideramos aceitável, e aquilo que não o é. (Poderemos também lançar uma questão, o que é que dá legitimação moral a um punhado de nações de cultura ocidental, de elaborar uma declaração UNIVERSAL baseada na sua própria rede de valores?)
"Desfazer" vícios e tradições são coisas que não acontecem facilmente, exigem um grande esforço de parte a parte, tem que haver alguma flexibilidade de ambos os lados. Não é a impor que se integra. É claro que, como disse José Saramago :" A tolerância para no limiar do crime. Não se pode ser tolerante com o criminoso. Educa-se ou pune-se."
Karl Popper põe-nos a questão sob outra perspectiva, mostrando as consequência de uma total tolerância: "Se formos de uma tolerância absoluta, mesmo para com os intolerantes, e se não defendermos a sociedade tolerante contra os assaltos, os tolerantes serão aniquilados, e com eles a tolerância."
Temos então que fazer uso do diálogo e da argumentação e fazer ver se e porquê a nossa posição nos parece ser a melhor! Usar a democracia como instrumento de integração!
PS: apesar de muito provavelmente não poder estar oficialmente na Área de Projecto de Filosofia e Cinema, espero que não se importem de escrever um ou outro post por aqui :P
Abraço
Sugestão
Ainda sobre a tolerância
Novos filmes, novos debates
terça-feira, 22 de setembro de 2009
"Bitaites" do Zé
Feijó, o assunto é tabu para o chefe jorge mas penso que seria uma boa ideia e poderíamos organizar outros mais tarde sobre outros temas. (Dia 1 de Outubro não posso, treinos para variar, mas façam-no à mesma)
Queirós, alinho nesse movie. Não sei, como preferem guardar para mais tarde e vermos por agora outros filmes sobre outros temas e posteriormente voltávamos ao tema da intolerância com “O Homem Elefante”? Ou víamos já num futuro próximo para dar continuidade ao tema?
Após estes três parágrafos sem dizer nada de interessante, vou intervir, de forma como sempre nada interessante (não estou a ser irónico) sobre a tão falada tolerância.
A meu ver estas questões da tolerância quanto a outras culturas e mentalidades são questões muito difíceis na medida em que é muito complicado estabelecer até que ponto devemos aceitar a cultura de um outro que vem de uma outra sociedade e até que ponto o devemos ajudar, forçar ou até obrigar por lei a mudar a sua cultura integrando-o na cultura da nossa sociedade.
Desta forma, um sujeito que vem da China, chega a Portugal e quer falar chinês com os seus familiares e amigos, tudo bem, eu não o faço, mas compreendo e aceito. Agora outro sujeito vem dum país onde as mulheres que cometem adultério são enterradas até ao pescoço e mortas à pedrada, a sua mulher vem com ele e comete adultério, nós não poderemos aceitar que a mulher seja condenada dessa forma.
Logo, com isto pergunto-me, até que ponto poderemos aceitar/tolerar a cultura dos outros? Até que ponto se trata de tolerância e respeito por outras culturas e a partir de que ponto passa a ser indiferença não tomar uma atitude contra a tal cultura? Até que ponto deveremos tomar uma atitude? Quando a liberdade do outro atingir a nossa liberdade? Em que momento isso acontece?
Para concluir penso que devemos sempre ter em atenção que, a nossa liberdade acaba quando esta atinge a liberdade dos outros. E qualquer que seja a cultura ou mentalidade, nunca devemos fazer ao próximo aquilo que não queremos que nos façam a nós.
Tenho dito
Zé
Querem mais informação?
ACHO QUE VALIA A PENA TRAZER ALGUÉM PARA FALAR CONNOSCO SOBRE ISTO, aliás porque senti que o debate podia ter evoluído mais se tivessemos mais informações. Por isso sugiro que se faça um debate (aberto a quem quiser vir) dia 1 de Outubro às 11h45 com um membro do SOS Racismo. A frequência, obviamente, não seria obrigatória.
O MACA disponibiliza-se para organizar ;)
Aliás,já mandei um e-mail ao CE a pedir sala e autorização e já confirmei com a Rita Alves do SOS e ela pode.
It's up to you.
O que acham?
Outra sugestão sobre o tema da intolerância
- O Homem Elefante, de David Lynch (1980). A preto e branco, apesar de no período das cores, é uma adaptação dos livros "O homem elefante e outras reminiscências", de Sir Frederick Treves e do "Estudo da dignidade humana", de Ashley Montagu. Baseado também em factos reais narra a história de um homem extremamente desfigurado, salvo de um circo de aberrações por um cirugião inglês.
João Queirós
Opinião final em relação à questão debatida.
-Os ciganos, como povo nómada, não tinham qualquer tipo de regalias do estado, pois nem estado tinham. Não recebiam subsídios de inserção nem de desemprego, ou acesso gratuito a serviços de saúde. Nada, pois também não pagavam impostos nem contribuíam de forma alguma para o desenvolvimento do país. Eram nómadas, e eremitas (do ponto de vista em que não interagiam senão entre si). A partir do momento em que um "cigano" se sedentariza, passa a pertencer a um país, e, por conseguinte, torna-se um cidadão. Aí o tratamento que recebe deve ser exactamente igual a qualquer outro cidadão: Ensino obrigatório, impostos, e respeito pela legislação do país onde se instalou. Ficam também, claro, com acesso às regalias que qualquer cidadão de qualquer país fica: Serviços de saúde, apoios sociais, etc.
Até aqui não entrou qualquer problema de tolerância. Simplesmente é inconcebível haver direitos sem deveres, folgas sem trabalhos, regalias sem pagas. Assim, a partir do momento em que um cigano passa a ser tratado como qualquer outro cidadão, passa também a estar sujeito, como qualquer outra pessoa, às punições estipuladas para cada infracção. Ninguém o impede de manter porcos nas banheiras, nem de partir as portas de casa, da mesma maneira que ninguém impede esses actos a nenhum outro cidadão.
Em relação ao problema da tolerância e aceitação, a minha opinião aplica-se tanto aos ciganos, como a qualquer outra etnia, cultura ou religião: Respeito mútuo. A palavra chave é "reciprocidade".
Tolerância
Em termos etimológicos a palavra tolerância vem do latim tolerantia. Esta palavra pode ter vários sentidos: 1. Qualidade de tolerante. 2. Ato ou efeito de tolerar. 3. Tendência para admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferem dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos 4. Diferença máxima admitida entre um valor especificado e o obtido; margem especificada como admissível parra o erro em uma medida ou para discrepância em relação a um padrão.
Para este filósofo a tolerância é entendida como um dever do estado que deve garantir o direito há liberdade de consciência individual.
Hoje em dia a tolerância não deve ser sinónimo de indiferencia mas respeito pelo outro e pelos direitos humanos.
Vasco Francês
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Sugestões
O facto de ser uma disciplina positivamente invulgar, tanto a nível de estudo, como a nível de obrigação, não foi a única razão de preferência. Quero e espero realmente aprender muitíssimo. Sem gozo, espero mesmo; porque o cinema é uma arte da qual conheço um ínfimo do que gostaria. Não falo de aspectos técnicos, mas de qualidade pensativa e reflexiva. Estou ciente de que vou acartar com alguns filmes talvez mais aborrecidos pelo seu comprimento ou conteúdo, os conhecidos por intelectuais, ou com outros, futuramente relembrados e ao nosso passado pertencidos, por de jovens nos tratarmos, a preto e branco. Mas talvez "acartar com" esteja ali um pouco deslocado; substituamos antes por "avaliar", que mais se adequa dado o meu entusiasmo, ou até mesmo "reconhecer" se tal admiração for digna deste verbo. Talvez me surpreendam mais do que espero.
Quanto ao título, aqui proponho três filmes:
- Donnie Darko, um thriller psicológico, escrito e realizado por Richard Kelly (não conheço mais filmes que ele tenha feito). É o filme mais confuso que eu já vi, não que tenha visto muitos.
- O despertar da mente, ou Eternal sunshine of the spotless mind, realizado por Michael Gondry, com o Jim Carrey (num papel mais sério que o usual) e a Kate Winslet. Já vi este filme há muitos anos, tipo uns 5 ou 6, por isso não me responsabilizem se não for nada de especial. Mas quero imenso rever, apesar de ter medo de ficar um pouco desiludida.
- The Truman Show, realizado por Peter Weir, e o Jim Carrey como personagem principal. É engraçado, e tem uma componente filosófica muito visível.
Sugestões, A Trilogia
- V for Vendetta, 2005, de James Teigue. Excelente thriller de ficção científica ambientado num Reino Unido fascista, coloca importantes questões sobre a legitimidade do terrorismo como forma de combate à tirania: o protagonista, um ""herói"" mascarado chamado V, pretende (literalmente) explodir com o regime. Deixo-vos o trailer:
- À semelhança do João Queirós, creio que o The Dark Knight, 2008, de Christopher Nolan, é um filme imperdível que aborda brilhantemente a deontologia, fazendo-o no entanto de uma forma relativamente subtil (afinal de contas, estamos a falar de uma obra dita mainstream).
- Doubt, 2008, de John Patrick Shanley. É um filme curto (104 min.), também sobre deontologia, também muito interessante (embora talvez não tão "divertido" quanto o The Dark Knight). A premissa é simples: um padre é suspeito de ter abusado sexualmente de uma criança afro-americana. A partir daí... o título do filme diz tudo: Doubt - Dúvida.
- Oldboy, 2003, de Chan-wook Park. O Sweeney Todd, que o João Queirós referiu, narra uma boa história de vingança. No entanto, a deste Oldboy é ainda melhor: por motivos desconhecidos, um homem é raptado e mantido como prisioneiro durante 15 anos. Certo dia, é libertado e é-lhe dado dinheiro, um telemóvel e roupas caras... bem como um prazo limite de 5 dias para se vingar do seu raptor. Mesmo que não o vejamos nas aulas, aconselho-o vivamente aos amantes de bom cinema.
- Dr. Strangelove or How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb, 1964, de Stanley Kubrick. Confesso que ainda não vi este filme, mas do pouco que me contaram, parece-me ser um filme muito apropriado para esta Área de Projecto. O Queirós, que gosta tanto do Kubrick, poderá pronunciar-se melhor sobre este meu "palpite".
E, por agora, é tudo o que me ocorre.
Até amanhã!
Sugestões, take 2
- Gentleman's Agreement, (em português "A luz é para todos"), do Elia Kazan, é um filme que retrata excelentemente o problema do anti-semitismo da década de 40 (no período pós-guerra) nos Estados Unidos. Mas não é um filme banal sobre descriminação, pois não se dirige aos anti-semitas mais radicais, mas sim àqueles que fingem não o serem, ou que o dissimulam.
- Sweet Movie, do jugoslavo/servio Dusan Makavajev. Um filme difícil e chocante (uma espécie de Saló -P.P Pasolini- mais soft e sobre outro tema). Neste filme seguimos 2 histórias de duas mulheres diferentes. Numa das histórias acompanhamos uma espécie de odisseia desde o mundo da extrema direita(hiperbolizada) a uma também hiperbolizada extrema esquerda, anarca. Na outra história temos Ana Planeta, uma falhada revolucionária comunista que dedica o seu tempo a aproveitar-se de ingénuos. Filme repleto de simbolismos e com imenso conteúdo filosófico.
-A Clockwork Orange (Laranja Mecânica), Stanley Kubrick. Na minha opinião um dos filmes mais bem escritos(romance de Anthony Burgess) e realizados de sempre. Retrata a história de Alex, um rapaz delinquente sujeito à terapia "Ludvigo", uma espécie de lavagem cerebral para controlar o seu comportamento. Excelente para o problema do Livre Arbítrio
-The Matrix - Dos irmãos Wachowsky. Outro grande filme sobre tema do Livre arbítrio e até mesmo sobre ontologia
Batman, The Dark Knight, de Christopher Nolan. Apesar de ser um filme da "mainstream" não deixa de ser dos melhores filmes acerca de deontologia que alguma vez vi.
O Cão Danado, de Akira Kurosawa. Um excelente filme sobre o desejo de vingança, e a consequente cegueira moral causada por este. Um filme ainda mais enfatizado pelo facto de se passar no Japão, onde a honra e a dignidade são fulcrais no carácter de um homem. Outra sugestão que faço também dentro deste tema é o Sweeney Todd, Tim Burton.
Por agora não me estou a lembrar de mais filmes que considere apropriados para o programa desta disciplina e que ainda não tenham sido falados pelo professor, mas em breve acrescentarei outros à lista.
Espero que tenham gostado das minhas sugestões, Beijinhos e Abraços para todos.
João Queirós
domingo, 20 de setembro de 2009
Sugestões
Sugestões, ficam algumas por mim feitas ou que me fizeram:
The baader meinhof complex - filme sobre as RAF
Torre Bela - sobre a tentativa de criar uma cooperativa durante o PREC
The Take - sobre a Autogestão operária na argentina
Milk - sobre a luta LGBT nos EUA
Setúbal Ville Roue - Sobre setúbal nos tempos do PREC
1900- Um excelente filme sobre a ascensão comunista em Itália em toda a sua sensatez histórica
O América Proibida~
Lista de Schindler - Judaísmo e o massacre Nazi
Che!, Diários de uma motocicleta... - A história de Ernesto 'Che' Guevara antes do embarque para Cuba
American Beuty - sobre o "sonho" americano, um dos melhores filmes que já vi
American Psycho - um retrato dos yuppies e do liberalismo económico
Fight Club - Para quem, de uma maneira divertida e genial, quer encontrar essências de uma sociedade anarquista
REligulous
Zeitgeist (está na net)
Demasiado tendencioso? É-o sim, mas eu sou tendencioso xD
Até terça ;)