domingo, 28 de fevereiro de 2010

progresso cientifico

Antes de mais: retiro a ideia absurda que dei na última aula. Esqueçam por favor aquela parvoíce, que disse sem pensar!

Entretanto pensei sobre o tema com mais profundidade e cheguei a algumas conclusões (espero que mais certeiras):

1 - O Modelo colectivista que propus (uma única comunidade cientifica, financiada por todos os países interessados, estaria encarregue de com esse mesmo capital produzir da maioria das inovações. Estas seriam depois distribuídas por todos os países contribuintes sem excepção)não funcionaria por vários motivos:

a) Como sabemos, o desenvolvimento humano, económico, cientifico, politico, etc não é uma constante de país para país. No Mundo em que vivemos encontramos disparidades tremendas. Se pensarmos, percebemos que o desenvolvimento se encontra directamente relacionado com o progresso cientifico. Não só porque o crescimento económico é necessário para suportar financeiramente a actividade de investigação, como também porque o progresso cientifico incentiva o desenvolvimento a todos os níveis. Por assim dizer, a Alemanha registou em 2006 51260 famílias de patentes e que nesse mesmo ano a Índia verificou 1559. Será coincidência o facto da Alemanha ser o 22º país mais desenvolvido do Mundo (por IDH) e a Índia ocupar o 134º lugar?

b) Portanto é óbvio que as inovações/descobertas cientificas não devem ser colocadas à disposição de todos, sem discriminação. Afinal, conforme a moral de certo país ele pode utilizar uma "invenção" diferenciadamente. Tal como vimos, a maioria das descobertas cientificas pode ter aplicações muito variadas, provavelmente a tecnologia da clonagem teria uma utilização muito diferente em França da que teria no Iraque. Se um país chegou a um estado de progresso cientifico avançado, não terá sido por sorte.

c)A criação de uma comunidade cientifica única, independente, global seria, numa palavra: um desastre. A comunidade cientifica deve ter como primordial objectivo a satisfação das reais e possíveis necessidades da população em que se insere e assim, a melhoria da qualidade de vida da mesma. Portanto as prioridades vão variar de país para país. Se em Portugal é imperativo encontrar uma solução eficaz para o aproveitamento energético das ondas, com certeza que a comunidade cientifica da Suiça não estará minimamente interessada neste problema. É assim essencial para a manutenção da utilidade do progresso cientifico a comunicação com a população.

d)O desastre seria ainda maior se a comunidade fosse financiada pelos múltiplos países, porque este processo tornaria o fundo de capital praticamente ilimitado. E já sabemos o que acontece a organizações de financiamento sem fundo: acabam por cair em enormes desperdícios, utilizam o dinheiro para viabilizar projectos sem interesse para as populações, e pior, acabariam por não encontrar soluções apropriadas para problemas de escassez - poupança (haha).

2 - Outras reflexões:

a) A produção cientifica assemelha-se à produção artística: pode ser proibida mas nunca pode ser evitada.

b) A produção cientifica não deve, TEM DE ser lucrativa. Afinal, a grande via para o crescimento económico e desenvolvimento humano neste momento é sem dúvida a inovação, o investimento em I&D etc. Como tal não faria qualquer sentido que se democratizasse gratuitamente a utilização da mesma.

Solaris

O próximo filme em visionamento e discussão será o célebre Solaris de Andei Tarkovsky.

Tarkovsky é um dos mais singulares cineastas de sempre e também um dos mais influentes, embora a sua filmografia seja escassa (apenas 7 títulos) em parte pela sua morte prematura, em parte pelos problemas políticos que o regime soviético frequentemente lhe colocou e que o impediram de filmar com mais regularidade.

O seu cinema que mistura um virtuosismo estético incomparável, com uma densidade metafísica invulgar, marcou muitos autores alternativos e é frequentemente comparado ao de Ingmar Bergman, mais pelos temas abordados do que pelas formas de trabalho do dois cineastas que me parecem bastante diferentes.

Solaris de 1972 foi na altura entendido como a réplica soviética ao 2001 Odisseia no Espaço de Stanley Kubrick.Independentemente das comparações que possam ser feitas entre os dois filmes que me parecem despropositadas, Solaris é uma magistral adaptação do romance homónimo do escritos de ficção científica polaco Stanislav Lem, considerado um dos maiores clássicos do género.

Trata-se de um filme longo, pouco linear e difícil que constituirá um interessante desafio para todos. É um filme que beneficia muito com o visionamento num ecran de grandes dimensões. Podem vê-lo no sítio do costume, mas seria bastante recomendável que assistissem à sua projecção na sala 1.

Jorge

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fahrenheit 451 - 5 estrelas
Aproveitem amanhã!



Zé, regista xD

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Single Man

Quero apenas deixar uma recomendação: caso tenham oportunidade, vejam o filme A Single Man (O Homem Singular - péssima tradução) de Tom Ford. É sobre um professor universitário cujo amante morreu e que se decide suicidar. Ao longo do dia vai estando com algumas pessoas que fazem parte da sua vida enquanto se prepara para a morte. É essencialmente um filme belo com uma história bem contada e a interpretação de Colin Firth é fantástica. Não sei o que está no cinema agora, mas este vale a pena - surpreendeu-me pela positiva.

Se quiserem leiam a crítica de Jorge Mourinha, no Público Online (eu sou daquelas pessoas que preferem ir na quase-total ignorância para um filme, não gosto que me contem nada antes de ver, mas há quem goste, eu sei):

http://cinecartaz.publico.clix.pt/criticas.asp?id=249650&Crid=49&c=6196



Marta

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Alteração de última hora

A sessão com o guitarrista Zé Pedro dos Xutos & Pontapés foi adiada para as 16, 15 do mesmo dia (3ª fira).

Assim, volta tudo à forma antiga: teremos aula às 11, 45 para debater o filme Gattaca e depois, quem quiser e puder, vai à sessão do Zé Pedro.

Mantém-se o filme de Truffaut para 5ª feira com debate na 3ª subsequente.

Desculpem o incómodo ao qual sou completamente alheio.

Jorge

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Próxima sessão

Infelizmente, hoje estávamos apenas 4 a ver o filme Gattaca. Espero que todos cumpram o prometido e que vejam o filme em casa.

Na próxima 3ª feira,iremos participar na sessão sobre o rock com o guitarrista Zé Pedro dos Xutos & Pontapés, pelo que devem dirigir ao auditório às 11, 45. Na 5ª feira seguinte proponho que vejamos o filme Fahrenheit 451 de François Truffaut baseado no romance homónimo de Ray Bradbury. Eu tenho o filme e posso emprestá-lo a quem quiser, desde que na 5ª feira esteja disponível para ser visto na aula.

Embora não se trate de um filme sobre genética, partilha com o filme Gattaca, o mesmo sentido de utopia negativa ou distopia, juntamente com outros textos célebres da literatura de Ficção Científica célebres como Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. 1984 de George Orwell, À Beira do Fim de Harry Harrison ou Tigre Tigre de Alfred Bester. Podemos então juntar os filmes e debater o seguinte tema:Poderá o Futuro ser um Pesadelo?

Esse debate ficará para de 3ª feira a oito dias.

Recordo-vos que este esquema de aulas só funcionará se o pessoal se comprometer a ver os filmes. caso contrário, as coisas não resultarão.

Jorge

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pergunta muito conveniente

Quem é que leva o filme sobre genética para nós vermos amanhã (5ª feira) na sala 1?

Jorge

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Bonito. Mesmo bonito.

Hoje deparei-me com uma curta (curtíssima) metragem do ano passado: Nuit blanche. Não vou dizer sobre que trata, dado que estaria basicamente a relatar o filme todo. Digo, em vez disso, que são os 3-4 minutos mais bonitos de cinema que vi nos últimos tempos. Produzido por uma equipa de 14 pessoas, com um orçamento de dez mil dólares, Nuit blanche ganhou há dias um prémio de um festival de cinema patrocinado pela LG. Ah, e a parte fofa disto! - a curta-metragem está disponível online, e em HD... como tal, vejam isto em ecrã inteiro e em condições dignas, por favor:




Para os mais curiosos, deixo também o making-of:

Sexo, Drogas e Rock and Roll com Zé Pedro dos Xutos & Pontapés

Fui informado na passada 6ª feira, que no dia 23 às 11, 45, no âmbito dos cem anos da escola, vai haver uma sessão no auditório com o guitarrista Zé Pedro dos Xutos & Pontapés.

A Direcção escolheu esta dia e hora para que os alunos de Filosofia e Cinema possam estar presentes.

Aceitam-se sugestões para uma nova data para visionar o filme sobre genética de que a Marta tão eloquentemente escreveu no post anterior.

DE qualquer modo, acho interessante irmos à sessão do Zé Pedro. Vai ser projectado um excerto do filme Woodstock ( na íntegra são quase 3 horas) a que se segue um debate.

Jorge

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Gattaca

Imaginemos a manipulação genética evoluir até ao seu máximo, de tal forma que os pais podem escolher todas as características dos filhos, e até reduzir ao mínimo as possibilidades de estes terem doenças - é nesta possibilidade que se baseia o filme, apresentando uma sociedade em que existe uma divisão social entre Válidos e Inválidos. Ou seja, os que são criados por meio geneticamente controlado e que são considerados perfeitos, e os que são concebidos naturalmente.

Esta distinção entre geneticamente perfeito e imperfeito é o critério que leva a uma desigualdade de oportunidades: quem é Inválido nunca poderá ter um bom emprego. O preconceito que existe contra os que foram concebidos de forma natural dificulta Vicent de realizar o seu sonho de ir ao espaço, mas ele fará tudo para provar que apesar de ser "imperfeito" é capaz de o fazer.

Surge então uma sociedade cujos valores se alicerçam num conceito de perfeição genética...

Não vou desenvolver mais, porque em princípio ainda não viram o filme, mas na 3a discutimo-lo. Espero que gostem.


Marta

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

proposta 4, filme de dia 18

Pessoal! Amanha quem puder leve uma pen para dar ao vasco (ele devolve sexta) para por lá o filme que iremos ver de amanha a uma semana.
A marta tambem tem em dvd, quem quiser ela empresta.

Convem organizarmos-nos bem para esta proposta funcionar

Abraço

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Concurso de Filosofia:

Alunos interessados em participar no concurso de trabalhos de Filosofia:

12ºA
João Queirós nº14
João Coelho nº15
Pedro Feijó nº20
Rodrigo Dias nº21

12ºC
Francisco Silva nº2
Gonçalo Gomes nº3
José Pereira nº9
Júlia Reis nº10
Lúcio Roque nº11
Maria Aparício nº12
Mariana Sousa nº15
Marta Lima nº16
Rita Calçada nº21
Vasco Francês nº23

12ºG
Matilde Varela nº14
Sérgio Rocheteau nº 22

P.S. Se me estiver a esquecer de alguém digam-me a mim ou ao Prof. Saraiva. Sff
João Garrett queres? Mateus queres? Raquel queres?
Pode haver mais que nao me esteja a lembrar, avisem..

Abraço

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Novo horário após o Carnaval

Após o carnaval vamos experimentar o horário sugerido por alguns de vocês: Filme à 5ª feira e debate à 3ª.

Gostaria que começassemos pelo filme Morte em Veneza de Luchino Visconti, um dos mais belos filmes da história do cinema. O filme é excelente para discutir questões estéticas relacionadas com o Belo.

Digam-me se concordam, ou se querem ver outro filme!

Jorge

O filme de amanhã

Para mim, Todd Haynes é o mais brilhante e original cineasta americano vivo. Radicalmente independente, só faz o que quer, mas conseguiu sempre encontrar o difícil ponto de equilíbrio entre a criatividade e o contacto com o público.

Haynes é um homossexual assumido, embora os seus filmes nunca sejam marcados pela temática da sua orientação sexual. A sua primeira longa-metagem, Veneno, é o exemplo típico de um filme underground; Safe (Seguro) com uma sublime Julianne Moore evoca uma estranha alergia de uma mulher ao meio ambiente e é feito com uma contenção notável para um filme sobre este tema; Velvet Goldmine é um filme sobre a moda do glam rock do início da década de 70 e evoca vagamente a figura do guru David Bowie; I´m Not There, o seu filme mais recente, é um biografia heterodoxa de Bob Dylan em que o cantor é repesentdo por seis personagens distintas, um das quais feminina.

O filme que iremos ver amanhã, o seu penúltimo, Longe do Paraíso, é uma obra perturbante sobre a hipocrisia da moral conservadora da sociedade americana dos anos 50. É também um puro melodrama de homenagem ao grande cineasta alemão (mas que fez carreira em Hollywood) Douglas Sirk, um dos melhores cineastas de sempre na minha opinião.

Provavelmente, não é um filme que dê muito para discutir, mas é um regalo para os olhos.

Jorge

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Recomendações

Ontem, sem perceber bem como, acabei por ir ver três filmes ao cinema. Deixo cá um pequeno comentário a cada um deles para que possam escolher melhor onde gastar os 5 euros.

Homens que Matam Cabras Só com o Olhar
É engraçado, tem algumas ideias criativas e há partes da história com piada. Mas em geral está muito mal aproveitado, o enredo é mau e o enquadramento geral do mais lamechas possível (nem me façam comentar o final...). É para ir ver com os amigos, com um grande saco de pipocas e um espírito de risota.

Were the Wild Things Are
Uma história infantil, bonita. Nada de espetacular, desiludiu-me um bocadinho porque estava à espera de um filme fantástico.
Mas este é para ir ver! Foge ao tipo de filmes que costumam estar nas salas de cinema, e percebe-se, puxando um poucachito pela cabeça, que as personagens estão bem encaixadas, dando um maior sentido à história.

Invictus
Gostei imenso. É sobre a relação de Mandela com o rugby, depois de subir ao poder. Ao princípio pensei que juntar o Matt Damon e rugby no mesmo filme não podia ser boa ideia, mas o Clint Eastwood fez um óptimo filme.
Um filme sobre política, desporto, racismo e esperança.
"Estava a pensar como é que um homem passa trinta anos numa cela minúscula, e sai a perdoar quem o lá meteu."
Vão ver!

Já alguém viu algum destes? O que acharam?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ainda sobre o debate da passada 3ª feira

Quando coloquei um comentário a referir que o debate tinha sido inconclusivo, não estava, de forma alguma, a menosprezar a qualidade do mesmo. Este tema é abordado recorrentemente em todos os locais onde se discute arte e o cinema não pode, como é óbvio, não pode dele eximir-se, mas as interrogações são mais do que as certezas.

Gostava que continuássemos a debater aqui o tema. Aqui há uns anos, criou-se uma etiqueta para certos filmes que estavam em exibição no circuito comercial: Filme de Qualidade. Esse rótulo ajudou a demarcar públicos e gerou na altura grandes controvérsias. Não era invulgar haver pessoas a comentar coisas como esta: como é que é possível que aquele filme não tenha sido classificado como filme de qualidade? Ou, inversamente, como é que é possível ter classificado como filme de qualidade, um filme como este?

Havia, na altura uma comissão de classificação dos filmes que determinou critérios, tão rigorosos quanto possíveis, para a apreciação dos filmes. Mas, em última análise, predominava o gosto subjectivo de cada um, como acontece sempre nestas matérias.

O realizador português José Fonseca e Costa afirmou um dia numa entrevista que só conhecia um critério de aferição da qualidade do filme: as receitas de bilheteira. Por isso, considerava o filme Kilas o Mau da Fita o seu melhor filme e os Cornos de Cronos o pior. Se tivermos esta perspectiva, a única que pode ser objectivamente quantificada, O Avatar é uma obra prima (atenção, não digo que não seja porque não o vi) seguido do Titanic e, mais atrás, o E Tudo o Vento Levou.

Ora, eu gostava de saber o que é que vocês pensam disto. Se ligarmos a qualidade ao sucesso de bilheteira, estamos a encontrar um critério objectivo e mensurável. Mas não será completamente redutor? Sobretudo se nos atermos a uma dimensão temporal. Penso que com a música as coisas são mais fáceis de explicar:

Em 1968, o cantor e compositor irlandês Van Morrison editou o seu 1º LP (em vinil) chamado Astral Weeks. No mesmo ano os Mungo Jerry editaram uma canção, que foi o grande hit do Verão, chamada In The Summertime. Na altura os Mungo Jerry venderam milhões de exemplares em todo o mundo e Van Morrison apenas alguns milhares. Mas os Mungo Jerry venderam de forma concentrada nesse Verão, mas no Outono tinham passado de moda. O disco de Van Morrison vendeu mais no ano seguinte do que no próprio ano e continuou a vender nos 40 anos seguintes de tal forma, que, se fizermos as contas, terá vendido muito mais neste tempo todo do que aquele hit de Verão. O mesmo se passa na literatura.

No cinema as coisas são menos claras, devido às peculiaridades de distribuição e de exibição. Não sei se daqui a cinco anos o filme Avatar vai continar a ser recordado ou se será apenas reconhecido como um sucesso poderoso, mas efémero. Em contrapartida, filmes como o Citizen Kane de Orson Wells ou a Regra do Jogo de Jean Renoir, foram enormes fracassos de bilheteira e, no segundo caso,acolhido friamente pela crítica. Mas hoje são objecto de veneração pública, passados insistententemente em cinematecas, cineclubes e festivais de cinema e normalmente considerados como dos filmes que marcaram a história do cinema.

Volto à questão inicial: afinal que critérios poderemos encontrar para designar um filme como tendo qualidade? Gostava de vos ler. Poderíamos continuar esta agradável discussão no nosso blog, agora que ele já está purificado de alguns ventos pouco salubres que por aqui andavam...

Jorge

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Filme de 3ª feira

Atendendo a que não vimos nenhum filme nesta semana, proponho que na póxima 3ª feira possamos seguir ainda o horário antigo e vermos um novo filme.

A minha proposta é o filme do "wonder boy" americano Todd Haynes (um dos mais importantes realizadores americnos dos últimos anos), «Para Além do Paraíso».

Trata-se de um melodrama que homenageia directamente o grande mestre do género dos anos 50, Douglas Sirk e que aborda o tema de uma família de valores conservadores, que é dilacerada por contradições internas.

Depois teremos as férias do Carnaval e na outra semana podemos adaptar-nos ao novo horário, seja ele qual for.

Jorge

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Quanto ao horário das aulas..

Continuamos sem tomar uma decisão, temos de nos apressar a escolher, pois nao podemos passar o tempo todo nesta permanente dúvida e com estas permanentes trocas de horários pois cada um tem de se organizar.

Há várias opinioes, penso que deveriamos discutir todas e chegar a um concenso, se nao, a uma votação. Esta situação era bom que estivesse resolvida até sexta para sabermos com antecedencia o que faremos na terça (se for, por exemplo, para ver o filme em casa, temos de o ver até lá).

Passo a anunciar as propostas, ou pelo menos as que me lembro. Claro que podem adicionar mais à vontade (principalmente a Matilde e o Sergio que não estiveram lá, queremos saber o que acham).

1º Continuar +/- como estava. Filme à terça seguido de um mini intervalo para papar (fora da sala) e debate. Caso de um filme longo ou de um debate escasso, seria prolongado na quinta feira ou na terça a seguir.)
Contras: Escassez de tempo para debate. Ficar sem filmes à terça em troca de mais debate. Há alunos que não podem ir à quinta e ficariam sem o acrescimo do debate. Não podemos comer na sala. Nao há tempo de reflexao apos ver o filme.
Pros: Chegando a horas teriamos mais tempo e seria possivel nem que se prolongasse um pouco para depois das tres (quem podesse). Com bom tempo poderiamos ir debater pa esplanada onde poderiamos comer.

2º Continuar como iria agora começar (Proposta da Matilde e Queiros). Filme terça, debate quinta. Terça viamos só o filme. Quinta haveria um debate de cerca de 1h30min, sendo claro flexivel como sempre.
Contras: Há gente que nao pode ir à quinta e nao poderia debater.
Pros: Mais tempo para debate e para reflexao apos visionamento do filme.

3º Organizarmos-nos por períodos de 3 semanas, em que viamos 2 filmes e faziamos um debate. Ou seja, Terça filme, terça a seguir outro filme, a outra terça debate em que até se podia relacionar os filmes. (na semana que ficariamos sem filme, podiamos ir à cinemateca ou escolhiamos um filme para ver em casa, ou nao.)
Contras: Perca de rotinas de debate (só de 3 em 3 semanas) o blog nao compensa a perca, pois, muito menos tempo de debate por periodo.
Pros: Tempo de reflexao apos ver os filmes. Perca da rotina de 1 filme por semana (caso nao se veja o filme em casa ou na cinemateca)

4º Viamos os filmes em casa ou num hórario à escolha na escola (quinta feira sala 37, becre um dia qualquer) e debatiamos na terça feira cerca de 1h30 (sempre flexivel este tempo)
Contras: Dificuldade de passar o filme para todos. Perca da dinamica de ver os filmes em grupo (podemos organizarmos-nos para tal). Problemas ao nivel da burocracia e da legalidade dessa questao (nao tenho a certeza desta). Necessidade de uma maior organizaçao e escolha de filmes com uma antecedencia muito maior para o fazer passar pela turma.
Pros: Maior flexibilidade de horario, vemos o filme quando nos der jeito. Filme visto em melhores condicoes (som imagem etc) Resolve a maioria dos problemas como o facto de nao podermos comer na sala, como o facto de alguns nao poderem ir à quinta. E dá-nos um bom tempo para debate e a possibilidade de vermos o filme com antecedencia caso queiramos preparar bem o debate. Possibilidade de vermos mais em cima caso queiramos lembrarnos de todos os pormenores.

Penso que estas são as quatro principais propostas, digam os vossos pros e contras destas e a vossa opiniao (eu disse já alguns que me ocorreram e que ouvi hoje), acrescentem opinioes e até sexta gostaria que cada um tomasse uma posiçao oficial.


P.S. Quanto à "nota/avaliação" que atribuimos a cada filme, está a circular por mail um ficheiro de excel com todos os filmes que já vimos, adicionem lá o vosso nome e a "nota" que dão a cada filme. Pensei fazer avaliações de 0 a 5, no entanto, dei em alguns filmes 4,5 ou 2,5 por exemplo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Estética!!

Infelizmente, eu (e o Sérgio) provavelmente não vamos estar amanhã no debate, devido a uma conferência na nova (com os ministros, que podem ouvir na antena1!), E mesmo muito infelizmente, porque era o debate que eu mais esperava, em que mais queria pariticipar xP

De qualquer maeira gostava de explicar o penso sobre o tema:


MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com




Alguém tem alguma dúvida sobre qual é a melhor música? (se é que se pode chamar música aos sonhos de menino eheh).

Não. Acho que podemos afirmar com certeza que este bocadinho de mozart é MIL vezes melhor do que qualquer música do famoso tony. Tal como podemos afirmar também que o Don Quixote é cem vezes melhor do que o Crepusculo, ou que o Laranja mecânica nem tem comparação com Oh Não! Outro Filme de Adolescentes.

Ora, logicamente, se podemos dizer isto(nem vale a pena vale enumerar as razões que nos levam a ter tanta certeza), chegamos à conclusão de que sim, há arte melhor que outra. Afinal, existe alguma objectividade na estética.

O problema é que é fácil comparar estes exemplos, mas e comparar a Laranja mecânica com o Padrinho, Mozart com Beethoven, Don Quixote com o Robinson Crusoe? Eu, pelo menos, não estou em condições de o fazer.

Penso que a questão da avaliação da obra de arte, seja qual for o seu tipo, passa primeiro por um grande conhecimento da História da Arte, dos movimentos actuais, passa por ter uma sensibilidade estética extremamente desenvolvida e apurada, por conhecer muitas e muitas outras obras de arte, entre outros factores. Por algum motivo nem todos podem ser críticos de cinema.
No entanto esses mesmos avaliadores têm de responder a inúmeros critérios, e na minha opinião aí é que começam os verdadeiros problemas:

Originalidade? Inovação? Técnica? Expressividade? Mensagem transmitida? Simplicidade? Autenticidade? Identidade? Atractividade?

E qual deles é o mais importante?
Acho que isso sim, é objectivamente impossível de definir.

Pode ser impossível de definir, mas também é profundamente inútil. O que é que interessa se os Lusíadas é mais autêntico do que A Mensagem? Para nós, comuns humanos, nada! (Claro que, para alguns peritos pode ser a questão de uma vida). O que acho realmente importante é a diferenciação entre o mau e o bom, e isso não é assim tão complicado.


Ps: Ainda assim, gostaria de referir que esta questão, nada tem a ver com os gostos de cada um. Eu gosto de filmes maus, livros maus, quadros maus, músicas más. No entanto, sou a primeira a admitir que são maus. É um dos grandes problemas de hoje em dia, este Subjectivismo instalado, que leva a que pessoas digam: "Música má? isso não existe, cada um gosta do seu estilo". Revela uma profunda falta de distanciamento e essencialmente uma superficilidade nas nossas opiniões. Pessoalmente, acho que existe uma grande necessidade de combater esta questão de que "tudo é relativo". E se ainda tÊm alguma dúvida, voltem ao ipodzinho roxo ahah
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