quinta-feira, 24 de setembro de 2009

tolerância

Parabéns ao Zé que percebeu o mambo dos blogs porque eu não pesco nada disto. Mas, como está toda a gente no opinanço sobre o debate, prontos ficava mal não dizer nada.

Não concordei com a forma de crítica que o Feijó fez quando comparou opiniões face ao filme e face ao caso particular dos ciganos. Primeiro porque o Edward, embora inicialmente tivesse causado algum medo (nem sei se assim se pode chamar) de uma forma não-intencional, nunca ‘’atacou’’ a dignidade nem o bem-estar dos habitantes daquela cidade. Alem do mais, acho que o que se disse foi sobre a forma como os ciganos, e não só, abusam da boa vontade de muita gente, e não sobre o que são. Já o Edward, era discriminado pelo que era e não pelas suas acções.

Ok, já se percebeu que não podemos criticar atitudes só porque diferem dos nossos costumes.
É muito importante conhecer melhor outras culturas, novas ou não. Mostram-nos visões diferentes de conceitos, como sociedade ou moral, que habitualmente tomamos como já certos, mas que nem sempre são assim tão constantes. O que eu não reparei, ele reparou – talvez assim fosse mais fácil chegar a consenso em alguns problemas dos problemas actuais.
A questão é que grande parte dos ciganos não quer fazer parte / fazer uma nova parte que se junte a já existente. Exigem tratamento VIP, fazem o que querem e estão-se a… nas tintas para o que nos dizemos ou deixamos de dizer. Obviamente, que ceder não é solução, mas a indiferença também não o é. Corremos o risco de fazer generalizações abusivas e perder a razão (se é que alguma vez a tivemos). Claro: não somos os santos da história porque com todas estas confusões há sempre os espertinhos que se servem disso como motivo para apontar o dedo aos ciganos em todas as situações.

Alguém falou da questão dos árabes, dos lenços, etc. … é assim, usa quem quer: a liberdade do outro só termina quando começa a minha. Na minha opinião, não é uma questão política, é a cultura deles. Se as adolescentes concordam… muito bem, ninguém tem o direito de criticar. Quando não concordam, deviam existir gabinetes de apoio específico para resolver a situação, como o Zé disse: não fazer mas compreender e aceitar.
‘’Temos de parar de combater o que não se pode mudar’’

Se calhar falei demais, peço desculpa.

Raquel

P.S: demorei 2h para descobrir como se fazia um post nesta coisa…

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