Para mim, Todd Haynes é o mais brilhante e original cineasta americano vivo. Radicalmente independente, só faz o que quer, mas conseguiu sempre encontrar o difícil ponto de equilíbrio entre a criatividade e o contacto com o público.
Haynes é um homossexual assumido, embora os seus filmes nunca sejam marcados pela temática da sua orientação sexual. A sua primeira longa-metagem, Veneno, é o exemplo típico de um filme underground; Safe (Seguro) com uma sublime Julianne Moore evoca uma estranha alergia de uma mulher ao meio ambiente e é feito com uma contenção notável para um filme sobre este tema; Velvet Goldmine é um filme sobre a moda do glam rock do início da década de 70 e evoca vagamente a figura do guru David Bowie; I´m Not There, o seu filme mais recente, é um biografia heterodoxa de Bob Dylan em que o cantor é repesentdo por seis personagens distintas, um das quais feminina.
O filme que iremos ver amanhã, o seu penúltimo, Longe do Paraíso, é uma obra perturbante sobre a hipocrisia da moral conservadora da sociedade americana dos anos 50. É também um puro melodrama de homenagem ao grande cineasta alemão (mas que fez carreira em Hollywood) Douglas Sirk, um dos melhores cineastas de sempre na minha opinião.
Provavelmente, não é um filme que dê muito para discutir, mas é um regalo para os olhos.
Jorge
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Gosto muito deste blog!
ResponderEliminarConhecimento, serenidade e filmes são essenciais à vida!